Estava aqui jogado, enquanto ela me buscou. Tudo a lembrava. E o fato de eu não usar "maldita" após o último verbo já indicava uma esperança, uma esperança crônica que me consumia, que me consumia com os cabelos amarelos cheios de tinta. E eu prometi, prometi a mim mesmo que deixaria meus cabelos crescerem junto com meu orgulho e minha resistência ao fracasso, somente para observar o retorno de algo que já tinha terminado no verão do ano passado.
Com cabelos amarelos ou não, com não-ditos, ou com misericórdias embaladas para finais de semana, eu me esforçaria para não tornar tudo mais patético do que já era.
Desperdicei. Matei metade da minha vida procurando e esperando. Foram vinte nove anos esperando você ruiva. Foram vinte e nove anos, esperando algo, ou alguém, que não conseguisse terminar com metade do meu tédio, metade do meu tédio repetido ruiva, como seus cabelos vermelhos repetidos, sorrindo, como você sorrindo, e bailando bêbada, perdida, um tanto quanto suicida, um tanto quanto irresponsável, enquanto eu me dirigia, me dirigia por palavras repetidas, e preciso repetir quantas vezes for necessário para que você entenda, para que você entenda, que há um pedaço de caos, de liberdade ruiva. De cabelos vermelhos dentro de mim.
Do caos, da espuma, e do pó, surgiram atores, surgiram alter-egos, surgiram frases. Surgiram pedaços de coisas, de emoções esquartejadas, de falsos riscos, enquanto eu via você bailar.
No censo da perfeição, você ocupa o primeiro lugar, o primeiro lugar, antes que eu conseguisse olhar em seus olhos, olhos amendoados que exalavam desculpas. Enquanto isso, naquele dia, perto do aquário artificial, perto do aquário à luz do dia eu fingia estabilidade. Eu fingia certezas. Quando na verdade, exalava dúvida. Quando no entanto, exportava insegurança.
Não haverá fim. Por que exatamente, não há fim em crônicas ruins.
Em crônicas ruins, só se pode exigir sinceridade, dor, e algo parcelado emocionalmente entre tudo isto.
Entre tudo isto. Repeti, repetimos, enquanto eu sonhava com bicicletas. Bicicletas repetitivas ruiva. Repetitivas.
Com cabelos amarelos ou não, com não-ditos, ou com misericórdias embaladas para finais de semana, eu me esforçaria para não tornar tudo mais patético do que já era.
Desperdicei. Matei metade da minha vida procurando e esperando. Foram vinte nove anos esperando você ruiva. Foram vinte e nove anos, esperando algo, ou alguém, que não conseguisse terminar com metade do meu tédio, metade do meu tédio repetido ruiva, como seus cabelos vermelhos repetidos, sorrindo, como você sorrindo, e bailando bêbada, perdida, um tanto quanto suicida, um tanto quanto irresponsável, enquanto eu me dirigia, me dirigia por palavras repetidas, e preciso repetir quantas vezes for necessário para que você entenda, para que você entenda, que há um pedaço de caos, de liberdade ruiva. De cabelos vermelhos dentro de mim.
Do caos, da espuma, e do pó, surgiram atores, surgiram alter-egos, surgiram frases. Surgiram pedaços de coisas, de emoções esquartejadas, de falsos riscos, enquanto eu via você bailar.
No censo da perfeição, você ocupa o primeiro lugar, o primeiro lugar, antes que eu conseguisse olhar em seus olhos, olhos amendoados que exalavam desculpas. Enquanto isso, naquele dia, perto do aquário artificial, perto do aquário à luz do dia eu fingia estabilidade. Eu fingia certezas. Quando na verdade, exalava dúvida. Quando no entanto, exportava insegurança.
Não haverá fim. Por que exatamente, não há fim em crônicas ruins.
Em crônicas ruins, só se pode exigir sinceridade, dor, e algo parcelado emocionalmente entre tudo isto.
Entre tudo isto. Repeti, repetimos, enquanto eu sonhava com bicicletas. Bicicletas repetitivas ruiva. Repetitivas.
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