terça-feira, 17 de abril de 2007

A I Carta para a Ruiva

Ruiva eu estou muito estranho. Não há mais tanto sofrimento. Inesperadamente eu passei sistemáticamente a dar conselhos e a administrar meus surtos poéticos em dias chuvosos. Estou virando um guru de final de semana eficiente. E quem vai me ajudar ruiva? Quem me ajudará? Quem vai me abraçar quando eu estiver deprimido ou quando eu resolver compartilhar sonhos? Quem ruiva? Quem vai escutar canções francesas a piano enquanto eu resolvo me perder dentro dos caminhos inconscientes que me movem?

Quem ruiva? Por que você me deixou tudo agora é mais fácil. É mais fácil entregar-me a algo ordenado. Paixão é caos. E caos é desordem. A rotina canaliza muito bem meus vazios. Ela ordena eles em séries, graus e às vezes, simplesmente não dá certo...

Não dá certo ruiva, por que eu continuo a escrever. Olhe para mim. Sim olhe para mim quando escrevo esta carta. Esta pose de auto-suficiência não dura nem cinco minutos. Apesar do que em outros períodos nem duraria dez ou doze segundos. Eu tenho boas idéias. Excelentes idéias. Faltam-me apenas argumentos para prová-las. Pois sou muito bom em sentir idéias do que própriamente prová-las.

Ruiva eu sinto medo do fim do que iniciei. Faça isso, arrume aquilo. Começar é bom, mas terminar é tão terrível. Por que as coisas terminam ruiva? Tenho dez respostas prontas para esta pergunta. E elas me confortam, mas não é demais distribuir dúvidas por aí não?

Chega de respostas. Eu estou tão concentrado ultimamente, mas tenho medo que esta concentração se dissipe e suma como você sumiu ruiva.

Quando você me disse uma vez que não havia ideal, que o ideal estava dentro de mim(eu sei que você vai dizer que não disse isto) mas de certa forma, eu sei(nós sabemos), que esta foi uma tentativa egoísta sua de me monopolizar. Agora parece que você conseguiu e armamos uma boa trégua.

Uma trégua tão insosa e perdida quanto eleger prioridades. Eu podia até tomar mais uma cerveja antes de encher isso aqui do que verdadeiramente você está esperando que eu encha, amor pútrido amor, câncer emocional, dor, fractais, cacos quebrados e queimaduras de cigarro.

Mas esta fase já passou. Sei que o tempo não é uma linha mas uma rede, e que estas idéias nem própriamente são minhas, nem são deles, nem de ninguém, mas de todos, mas o fato é que no momento sinto que tais proposições negativas não vão me convencer de que serão o caminho durante pelo menos alguns anos.

Talvez tudo seja novidade. Talvez eu esteja numa fase de aproveitar o que eu lutei muito para conseguir(não pude evitar esta frase jargão). Mas o fato é que o conflito com você só me rende poemas medianos e alguns contos medíocres.

Seja mais clara da próxima vez e aí poderemos nos agredir verbalmente ao som do velho Buckley.

Já construí minha cúpula psico-geodésica. É claro que o world trade center caiu, que o titanic afundou e que o mar Aral está morrendo, mas eu ainda acredito que símbolos são bons começos.


Afinal, atribuir significados a símbolos é a parte mais fácil. Podem me chamar de esquizofrênico, mas sinto cada vez mais a sua presença e atualmente sua paz(que eu oportunamente compartilho).

Outrem eu só via ódio e decepção, mas hoje consigo ver esperança e acordos internos. Isto é um bom sinal. Um bom sinal ruiva, que um dia lhe ofuscará de brinde.

Você é um vulcão adormecido e se eu te pedisse pra dormir durante 4 ou 5 anos, estaria mentindo para mim mesmo. A lava revigora o solo, dói, sangra, mas é da cicatriz que vem a flor.

Flor, vida, ressurgência, reação, opções plácidas no solo duro destes dias ruiva, destes dias...


sábado, 14 de abril de 2007

Recipiente vazio Recipiente cheio

Corro o risco de um plágio inconsciente, mas plagiar é copiar integralmente, e esta poesia apenas brotou do sentimento uno de tudo o que tenho lido e sentido nestes últimos meses.

Esvaziar-se é tão necessário quanto encher-se
Uma mente e um recipente cheio transbordam com facilidade
Esvaziar-se é não-pensar
Não-pensar é tão necessário quanto o pensar
Não na dualidade, mas sim na integração
É que caminhamos
Não procurando um caminho
Mas percorrendo-o
Um recipente cheio demais
É um fardo pesado
O homem que não aceita seu recipiente
Constrói jarros maiores
E carrega cada vez mais água
Caminhando com sofridão e lentidão
O homem santo ao contrário esvazia
Enche novamente
E integra-se ao mundo interior
Sem cegar-se pela realidade
Recipiente vazio e recipiente cheio
Eterno movimento
Que conduz o homem-santo
Ao caminho da paz


Este texto/poema/conto é copyleft e pode ser reproduzido integralmente desde que citada a fonte original(http://pseudocontos.blogspot.com/) e esta nota seja incluída.

quinta-feira, 12 de abril de 2007

Respondendo aos comentários

"Cambada de Vagabundos. A Polícia tinha mais era que descer o cacete nesses meliantes invasores. Estão pensando o que? Querem roubar na mão-grande? Ganharam foi o cacetete da PM. Parabéns a Justiça carioca que garantiu a reintegração de posse aos seus devidos donos." (anônimo)

"Em primeiro lugar eu não gosto de quem se esconde no anonimato para se expressar, usam pseudônimos ridículos. ACORDE "MR DUDEN"!! A ÉPOCA DA DITADURA JÁ ACABOU!! NÃO PRECISA MAIS SE ESCONDER!

Eu não consigo entender porque as pessoas não conseguem argumentar sem ofender os outros, sem agredir, sem injuriar. Qual é o problema? o vocabulário é pobre, não sabe argumentar dignamente? " hipócritas oficiais de justiça, juizes assassinos, promotores da miséria..." é muito fácil agredir os outros com palavras agora, não? gostaria de saber se "Mr Duden" teria tido a mesma "coragem" se estivesse diante de tais autoridades, acredito que é por esta razão que se mantém no anonimato, por pura covardia. AGORA, VEJA BEM, "Mr Duden", eu sou solidária a estas pobres pessoas, o Estado deveria cumprir o que está na nossa Constituição, mas, não cumpre, nós, como cidadões, devemos, sim, nos mobilizar para que um dos objetivos fundamentais do Estado, que é construir uma sociedade livre,justa e solidária se torne realidade, escolhendo melhor os nossos representantes... AGORA, O QUE EU LI FOI MUITO BLÁ BLÁ BLÁ. Me responda Mr Duden, o que você tem feito efetivamente para ajudar as pessoas carentes, além de ficar tentando desacreditar a Justiça, denegrir a imagem das autoridades, incentivar a violência e com isto enfraquecer a democracia, a mesma democracia que permite que o "senhor" expresse de modo tão vulgar as suas opiniões. (Verônica Lacerda)

Normalmente não perco tempo respondendo comentários. Poderia dizer que tenho mais o que fazer. Mas a resposta mais adequada é: escolho bem o que quero fazer. Pois bem, abrirei uma breve exceção.

Quanto ao primeiro comentário, está claro pelas declarações recheadas de conotações sexuais("mão grande", cacetete) que o referido sr. anônimo(anonimato -> voyeur) está repleto de couraças caracteriológicas[1] e situa-se políticamente no campo da direita ou extrema-direita e tem uma obsessão fálica latente. Aliás caro amigo, quando você cita cacetete, deve estar referindo-se a cassetete com dois "S", cacetete com "C" é uma derivação sufixal de cacete, atribuição fálica/morfológica da lingua portuguesa ao órgão sexual masculino. Confusões esclarecidas vamos ao próximo comentário que é muito mais divertido.

Primeiro Verônica, seu nome, Verônica Lacerda significa tanto para mim quanto Arnaldo Pinto, Bráulio Martins ou quaisquer nomes esdrúxulos que poderíamos inventar nos baseando em nosso amigo anônimo voyeur. E por que Mr. Durden Poulain deveria significar menos do que Verônica Lacerda? Como diz o grande personagem "V" da Graphic Novel "V de Vingança", "Atrás dessa máscara há uma idéia e idéias são a prova de balas".

A ditadura realmente já acabou, a política sim, mas serviços de inteligência ainda existem(quem me garante que seu nome não é Arnaldo Bocaiúvas, inspetor da central de inteligência de alguma delegacia federal dos rincões deste Brasil?) e enquanto houver Estado e capitalismo, haverá controle, disciplina e repressão.

Quanto à argumentação que eu utilizei no texto, o nível desta é apropriado a argumentação que os especuladores e burocratas utilizam para expropriar família de trabalhadores de suas casas: é algo bem chulo, bem baixo mesmo, sem embasamento ético nenhum. Caso eu quisesse lhe convencer de algo, preferia lhe levar pessoalmente à uma ocupação urbana, um assentamento rural de sem-terras, uma aldeia indígena espoliada por empresas capitalistas, uma favela, um gueto sul-africano, uma comunidade quilombola oprimida... fatos falam melhor do que argumentos normalmente.

Quanto a ter coragem de me expor... Bem o que eu preciso provar para você quando sei exatamente quem sou e o que quero? Talvez eu satisfaria nosso inspetor Virtual, o Arnaldo Bocaiúvas, dizendo que EU ESTAVA LÁ e fui ameaçado de prisão por me indignar com extrema e tamanha desigualdade, talvez isso o conformasse e desse algumas provas virtuais em algum futuro processo criminal(ou seria muita neurose de minha parte?), mas talvez eu pudesse dizer que eu JAMAIS ENTREI em alguma ocupação, sou uma pessoa ordeira, que apenas aperta botões nos dias de semana e volta para casa para assistir algum programa global como um imbecil controlado, apenas um blogueiro indignado de final de semana e que nunca esteve nesta tal Ocupação, que li tudo pelos relatos que me chegaram no mídia independente(http://www.midiaindependente.org) Talvez... Talvez... Afirmar qualquer coisa é perigoso nesta ditadura do capital em que vivemos...

Quanto a escolher melhores opressores, digo representantes, realmente não preciso argumentar, por que há clássicos e autores muito mais qualificados para demonstrarem a falácia da democracia representativa do que eu, Murray Bookchin, Cornelius Castoriadis, Bakunin, Proudhon, Chomsky, Malatesta, Kropotkin, etc, etc, etc.

O que eu fiz pelos carentes cara verônica é dar amor e carinho. Namoradas, amigos, amigas... Pessoas carentes precisam de carinho e amor não?

Quanto a pessoas oprimidas, as que você em sua lente classe média de respeito as instituições e ao E$tado enxerga como carentes(este verbete hipócrita e hierárquico a priori) estas estendemos um braço na luta e caminhamos lado a lado por uma sociedade sem classes, lutamos juntos, aprendemos, construímos a luta, com autonomia e liberdade ao invés de doarmos migalhas de algum almoço dominical para os "sujinhos" da praça ou divirmos um big mac sem fritas após a missa dominical com um indigente na semana santa: a atitude padrão da caridade pseudo-cristã.

Eu jamais denegri a imagem das autoridades ou desacreditei a justiça. Estas já estão degeneradas o suficiente para que eu, um simples cidadão consiga piorar seu estado pútrido! Os fatos falam por si só.

Quanto a democracia, esta é forte e VIOLENTA o suficiente quando lhe convém na hora de expulsar moradores sem-teto, "varrer" mendicantes para maquiar situações de pobreza ou exterminar os pobres em comunidades e favelas! Não precisamos incentivar algo que é inerente à própria existência do capitalismo: VIOLÊNCIA E OPRESSÃO.

Sim, esta tal democracia permite por hora que eu fale, que eu esboçe um mero sussuro controlado, vigiado... Mas a história prova que quando tais vozes de indignação tornam-se pernicivas ao poder este não mede esforços para recorrer a atitude mais utilizada pelo capitalismo quando a democracia não dá conta de reprimir os descontentes: O FASCISMO!!!

Espero ter conseguido me fazer entender.

[1] O conceito é oriundo das obras do psicanalista Wilhelm Reich.

quarta-feira, 11 de abril de 2007

Lilac Wine (tradução)

Jeff Buckley

Eu me perdi numa noite úmida e fresca
Entreguei-me àquela luz nebulosa
Estava hipnotizado por um estranho prazer
Embaixo de uma árvore lilás
Eu fiz vinho da árvore lilás
Pus meu coração nessa receita
Isso me faz ver o que quero ver…
E ser o que quero ser
Quando eu penso mais do que quero pensar
Faço tantas coisas que nunca deveria fazer
Bebo muito mais do que devo beber
Porque isso me leva de volta pra você...
Vinho lilás é doce e faz a cabeça, como meu amor
Vinho lilás, eu me sinto inconstante, como meu amor
Escute-me…
Eu não consigo ver claramente
Ela não está se aproximando de mim?
Vinho lilás é doce e faz a cabeça. Onde está meu amor?
Vinho lilás, eu me sinto inconstante, Onde está o meu amor? Escute-me, por que tudo é tão nebuloso?
É ela, ou eu estou ficando maluco, querida?
Vinho lilás,
Eu não me sinto pronto para o meu amor...

Seu nome é Buckley, Jeff Buckley

São poucos os artistas ou grupos musicais que me cativam em apenas uma única e deliciosa culinária áudio-musical. Eu normalmente sou avesso a pegar cds's emprestados de coisas que eu não conheço. Gosto de me aventurar sozinho, descobrir e lapidar talentos conhecidos ou não. Não suporto que me empurrem bandas ou artistas, as descubro sozinhas na maioria das vezes. E quando me emprestam algo, sou um profundo desconfiado. Escuto normalmente, o que quero, quando quero. Não adianta empurrar na maioria das vezes. Gosto de estar no controle.

Há exceções. E dentro destas, há aquele cd que você não precisa escutar mais do que duas vezes para te cativar. Isso pra mim é raro. O Echo and the Bunnymen, o Interpol e até mesmo o Sonic Youth precisaram mais do que uma sessão de cd's pra me convencer.

Digerir o quitute com calma. Mas há exceções. Há coisas que são como chocolates sonoros. Alhos semi-acústicos, ou gostamos ou detestamos. E este senhor, este senhor de sobrenome Buckley, Jeff Buckley, me convenceu a ponto de escrever um pequeno texto em sua homenagem. Sua música me convenceu. Convenceu-me como Morphine, Nirvana, Cat Power, Radiohead. Não precisei de segundas opiniões. Isso não torna algo melhor ou pior, mas cria inevitávelmente uma boa impressão. Não há nenhum problema em ter de escutar um bom cd mais do que uma vez, para se certificar internamente que sim... é isso... é este...

Há livros, discos e até pessoas que precisam ter seu momento certo para surgirem. Há coisas quentes, frias, viscosas, geladas, suaves... tudo tem seu momento, seu tempo certo. E não seria diferente com a música.

Conheci o sr. Buckley numa trilha sonora de um filme chamado "Edukators" que por sinal é um excelente filme e achei sua música razoávelmente boa nada mais, ele cantava a música Hallelujaj do grande Leonard Cohen com personalidade, mas sinceramente não me convencera a ponto de explorar mais sua discografia. Estava enganado na verdade. E no metrô hoje cedo, qiuando me lembrei do suicídio de algum anônimo na linha 2 esta semana que parou metade das estações da zona sul, eu só pude pensar que alguém que canta desta maneira, só pode ser um angustiado ou um suicida. Ou alguém com um destino trágico. Eu preferia estar errado(e o casamento da Chan Marshall com o sr. Buckley só poderia ser no além segundo a Rayssa...). Fuçando a biografia do sr. Buckley, motivado por tais sinais, entristeci-me com o afogamento prematuro dessa grande promessa.

Afogou-se trágicamente, mas sua música continua a correr como as águas do mestre Cartola, e quando isso acontece só podemos bater palmas.

Bater palmas para Buckley, Jeff Buckley(e mais palmas para a Rayssa que me emprestou o cd!).

sexta-feira, 6 de abril de 2007

Laura

Ela está aqui, ela está ali
Como um processo, ela me observa
E é observada
E às vezes confundimos quais papéis assumir
Está dentro e fora ao mesmo tempo
É espelho e reflexo
É respiração e expiração
Sem perder, sem perdermos o que fomos
Ela domina e deixa ser dominada
Seu reflexo confunde-me
Ilude-me em projeções
Um cordão umbilical nos une
Um não pode viver sem outro
Mas somos um só
Só temos este corpo
E afinal
Quem foi que escreveu este poema?

quarta-feira, 4 de abril de 2007

Indignação!

Tentei encontrar palavra pior que o fascismo para descrever o que fizeram com a ocupação Poeta Xynaíba, mas sinceramente não encontrei. Fascistas! Sim, fascistas é o que são! Eu os vi, li seus olhos, suas intenções, assisti seu circo dos horrores! Se a luta de classes é um conceito teórico, hoje eu a vi nua e crua! Na forma mais real! Explícita!

Repórteres da mídia oficial(e oficialesca), hipócritas oficiais de justiça, sádicos policiais, juízes assassinos, promotores não da justiça, mas da miséria! Da extrema miséria! Perpetuam, mantém, protegem um sistema assassino!

Um espaço que estava abandonado há décadas, largado pelo tempo, pela especulação imobiliária do cinismo, da ganância!! Pedra a pedra, os moradores se organizaram, criaram um centro comunitário, com aulas para as crianças, colocaram um portão, limparam e conservaram a antiga vila operária, ganharam dignidade, vida, decência!

Contudo os setores a serviço do capital e da justiça burguesa apressaram-se a defender a propriedade privada! Um batalhão de polícia inteiro mobilizado para expulsar trabalhadores, donas de casa e crianças de suas casas! Caminhões e caminhões para jogar seus pertences em algum depósito imundo da prefeitura! Balas de borracha e gás lacrimogênio para calar as vozes dos descontentes! Camburão e cassetete para o negro pobre, assim como o açoite do negro escravo! Demagogia nas bocas de quem dormirá tranquilo sob pequenas fortunas acumuladas sob a base da exploração! Falsa preocupação de uma assistência social fictícia da prefeitura! Hipócrita! Vendida!

Crianças nas ruas! Quem se importa! Para onde vão? Não tenho a mínima idéia! O abrigo da prefeitura só permite ficar seis meses! Se vire! Corra atrás! Pague um aluguel extorsivo! Dê graças a deus por estar vivo! Trator sob as casas dos descontentes! Prisão para os que não aceitam a injustiça e a maldade escondida sob os olhos do direito constitucional!

Onde está a democracia? Encolhida sob a farda de um fascista corporativo ou esmagada sob o coturno da polícia militar?

Pútrida democracia! Pútrida liberdade que nos oferecem! A liberdade de morrer sem reclamar! De ser esmagado, vilipendiado, reduzido à cinzas, tratado como animais!

Posso ler seus lábios, suas mentes e ouvir seus sussurros sem para isso me esforçar.

Favelados! Gentalha! Gentinha!

Eis a justiça! Eis o direito constitucional! Que protege o mais forte! Esmaga o mais pobre! Que só deixa vencer, quando o capital não se incomoda, quando não reclama!

Suas armas, suas viaturas, seus coronéis, seus patrocinadore$ podem nos enganar e nos torturarcom a ditadura do capital durante anos, mas nada, nada é eterno. Nada dura para sempre além do tempo. E enquanto tivermos revolta e indignação para mover nossos músculos! Saibam bem, que vocês especuladores, capitalistas, burocratas e servos do Estado JAMAIS DORMIRÃO EM PAZ! JAMAIS!!!

PAZ ENTRE NÓS E GUERRA AOS SENHORES!!!

MATEM UMA ROSA, MAS JAMAIS DETERÃO A PRIMAVERA!!!

Mais informações em: http://prod.midiaindependente.org/pt/blue/2007/04/377901.shtml

Este texto é copyleft, ou seja, pode ser livremente reproduzido para fins não-comerciais, desde que a fonte seja citada(http://pseudocontos.blogspot.com) e esta nota seja incluída.