Eu insisto é verdade. Navego e insisto. Insisto por que não me enfastio de mim mesmo. Pois em mim há um outro. Um outro que insiste em viver e que decerto não nego em seu conteúdo.
Mas o diferencio por ser este "um outro". Um outro que vive em mim; um cartógrafo, que tem outras idéias, propósitos ou razões, apesar de corroer as mesmas vestes e vestir o mesmo corpo.
Este outro alguns dias vence. Alguns dias perde.
Quando ganha, pinta, bebe e escreve. Mas há dias em que venço. Raríssimos.
E algo de tudo isso eu faço. Faço completamente sem ele, apesar de entediar-me rápidamente.
Alguns dias o empate. Dormimos. Sonhamos um com o outro. Sem saber bem, quão espelhos, quão imagens somos verdadeiramente.
No jogo e no sonho a tensão; cabelos vermelhos nus como novidades, olhos de rainhas e é dia de limpar o lodo do abismo, abismo que eu descortinei. Abismo onde resolvi navegar com meu cartógrafo.
Quando o outro lhe convidar ao abismo: vá preparado. Lanternas, luzes, barraca de dormir, saudades.
Não há mapa a venda. E os que hão, da mão do cartógrafo nasceram; portanto não são confiáveis.
Sem mapas não se acham as ruivas.
E é exatamente por isto; que eu prefiro ser encontrado. Encontrado pela ruiva, por acá, acá no abismo.
Mas o diferencio por ser este "um outro". Um outro que vive em mim; um cartógrafo, que tem outras idéias, propósitos ou razões, apesar de corroer as mesmas vestes e vestir o mesmo corpo.
Este outro alguns dias vence. Alguns dias perde.
Quando ganha, pinta, bebe e escreve. Mas há dias em que venço. Raríssimos.
E algo de tudo isso eu faço. Faço completamente sem ele, apesar de entediar-me rápidamente.
Alguns dias o empate. Dormimos. Sonhamos um com o outro. Sem saber bem, quão espelhos, quão imagens somos verdadeiramente.
No jogo e no sonho a tensão; cabelos vermelhos nus como novidades, olhos de rainhas e é dia de limpar o lodo do abismo, abismo que eu descortinei. Abismo onde resolvi navegar com meu cartógrafo.
Quando o outro lhe convidar ao abismo: vá preparado. Lanternas, luzes, barraca de dormir, saudades.
Não há mapa a venda. E os que hão, da mão do cartógrafo nasceram; portanto não são confiáveis.
Sem mapas não se acham as ruivas.
E é exatamente por isto; que eu prefiro ser encontrado. Encontrado pela ruiva, por acá, acá no abismo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário