Não gosto de escrever de manhã. Apesar dos raios de luz que invadiram meu quarto, e chegaram atrasados, atrasados pois a insônia é um sol mais regular do que os ciclos e as estações.
Não gosto de escrever de manhã, por que a manhã não é um começo para mim, é um fim. Prefiro a noite, a madrugada, o fim de festa.
E não gosto de poesias, odeio a métrica, prefiro enfileirar minhas palavras e chamar de conto; é mais fácil, prático e simples, simples como a madrugada, não como a manhã.
Prefiro o puta que pariu sincero, do que comoventes abraços de hipócritas solidários.
Prefiro a cerveja engolida na raiva, do que a sofisticação que esconde a mediocridade.
Prefiro o torto, o desvio, a contra-mão.
Amanhecer é difícil.
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