sábado, 11 de agosto de 2007

Mate a poesia

É preciso matar a poesia
Comê-la viva, diante dos olhos
Atentos do leitor
Destrinchá-la com raiva entre os dentes
Sem salvar palavras inocentes
E fazê-la esquartejada
Diante do sentido
Outrora perdido, vendido

Não há poema sem parto
Sem dor, antrofagonia
Ironia vadia!
Percorre urbanas hemáceas
Sobre as cinzas da rima-flor
Fútil flor
No vazio dos cacos
Há apenas narciso
Que me olhou
Cínico, vendido, vazio!
Poema, rimas...
Esquartejamento sem cor

Há parte da poesia
Espalhada no ardor
Do momento..
Do momento... Já morto!

Um comentário:

Fernando Beserra disse...

porra! fudida a poesia, mas no inicio imaginei algo muito bonito, algo como uma integração e recuperação do sentido para si, mas no final fantasiei algo pérfido, quase um assassinato da relação... calafrios.. huauha