Por José Oiticica
Quando eu morrer, sê tu o meu coveiro:
Enterra-me tu mesma em teu jardim
E, sôbre a cova, num vulgar canteiro,
Cultiva rosas e medita em mim
Bendize êste destino alvissareiro
Que nos uniu tão de alma e corpo, assim,
Que te fêz Dama e a mim teu Cavaleiro
- Um palafrém atrás de um palanquim.
Projeta, no incorpóreo onde me alento,
O calor emotivo dos teus ais
E as rutilâncias do teu pensamento...
E assim, amar-nos-emos inda mais,
Erguendo, num piedoso sacramento,
As nossas duas almas imortais.
Em breve conto a história desse fabuloso poeta anarquista...
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Um comentário:
Muito bom!
^^
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