sábado, 16 de junho de 2007

Retrospectos

Fazendo um retrospecto, percebi que 90% dos últimos posts tem haver com a ruiva e que este assunto já deve ter saturado a minha legião de meia dúzia de leitores. Porém antes disto, eu já tinha me saturado de escrever sobre ela também. Não que eu tenha cansado de escrever sobre isso. O fato é que os últimos textos foram medíocres, pensando da forma mais utilitarista que eu posso pensar. E se a dor não produz algo belo poéticamente, ela não serve, recicle-a.

Mudemos então, a partir desta constatação a fonte da criação. Ruiva, desculpe, você caiu do cavalo, não me incentiva a ponto de conseguir escrever coisas tão belas. Sei que você vai me dizer que isso é culpa da minha inabilidade poética, tudo bem, eu posso até aceitar este argumento a princípio, mas é o combustível o que faz com que o poeta/escritor/fingidor consiga fazer algo de que valha a pena ser lembrado.

Portanto, a dor da ruiva já expirou. Prazo de validade esgotado. É a poesia que precede a dor, não o contrário. A poesia é mais importante. Portanto, se a dor não produz algo de tão interessante assim, sofra de outra forma!

Algo como o que falou o grande Fernando Pessoa:

"Se um homem escreve bem só quando está bêbado dir-lhe-ei: embebede-se.
E se ele me disser que o seu figado sofre com isso respondo: o que é o seu figado? É uma coisa morta que vive enquanto você vive, e os poemas que escrever vivem sem enquanto." (Fernando Pessoa)

Estou sendo sarcástico é claro. É bom ter alguns momentos de lucidez.

Mais legal ainda seria ser cult, isso daria uma dor de cabeça de verdade.

Um comentário:

Anônimo disse...

Blog interessante, post legais, gostei daqui, vou add no meu, passe lá quando puder... ;)