Vasilli. O puto Vasilli. O vazio Vasilli. Algo que se mexe como um amontoado de funções biológicas que insiste em manter-se vivo. O puto Vasilli. O merda Vasilli. Algo como um pedaço de fezes, que estrebucha neologismos contrários a gramática oficial só para se fazer de um ignóbil aspirante pseudo-letrista. Seis aulas por semana. Francês. O filho da puta do Anatole falara francês sem colocar os adjetivos pueris que ligavam os prosaicos perdedores prolixos pernósticos pró-prealumbações. O puto era um francês nato. Eufemismo ridículo. Torre eifell, cafés parisienses e pombos no brasil imitando praças francesas. Pragas urbanas. Eram todas parte de problemas urbanos.
-Vasilli.
-Diga, francês.
-Estamos aqui há exatos trinta minutos discutindo filosofia aristotélica. Não achas que minha entonação medieval significa que devemos levantar e dormir em algum colchão antes que eu começe cantar a marselhesa em português?
- Vasilli diz que suas terceiras pessoas não me endossam as labaredas metafísicas Vasilli diz que Vasilli dirá que tudo o que você pensa está recheado de um ódio francês barato.
- Trinta pesetas.
- Hahahahaha.... riu anatole...
- Você é um puto... fala em símbolos... (demorou mais do que o habitual pra xingar o puto em símbolos)
-Deveras... deveras... meu caro... chutou Vasilli, antes de tragar a garrafa de tequila até 1/4 do original.
- Deveras...
-Mas pense bem... quando eu finjo-me de inteligente... você cospe buracos vazios... nadas metafísicos... plágios argentinos... e coisas do tipo... não sei...
Noticiar o ambiente, fazia bem aos dois malandros. Os blocos passavam na avenida Rio Branco... A presidente vargas estava recheada de confetes, enquanto os dois jogados nas escadarias da igreja da candelária... ensaiavam uma marchinha de 1969. "Olha a cabeleira do zezé... será que ele é... será que ele é..."
-Não é 1969... seu estúpido! É 1979.
-Hahaha... Estás errado meu caro medievalista. O ano certo... digo correto... pelos proseadores...
-É algo em torno.. de...
Súbitamente, Anatole levantara e vomitou com força sobre o segundo degrau,
Vasilli entendeu a promessa. Tentou escapar, mas se viu naquele momento e respeitou Anatole por tudo que significava aquela escadaria, o bloco passando, os confetes, a solidão e tudo parte do" algo" não identificado, dos brinquedos metafísicos, das egrégoras, dos súbitos desmaios filosóficos que deixavam aquela situação mais ridícula.
-Ciências sociais ou história, Anatole?
- Os dois. Respondeu Anatole, ainda cuspindo parte da bílis enquanto o refrão por mais que motivado a contradizer os dois... inseria na cabeça de Vasilli uma derrota... do mestre Cartola.
- Deixe me ir... preciso andar... vou por aí... a procurar...
Sorrir, pra não chorar.
-Vasilli.
-Diga, francês.
-Estamos aqui há exatos trinta minutos discutindo filosofia aristotélica. Não achas que minha entonação medieval significa que devemos levantar e dormir em algum colchão antes que eu começe cantar a marselhesa em português?
- Vasilli diz que suas terceiras pessoas não me endossam as labaredas metafísicas Vasilli diz que Vasilli dirá que tudo o que você pensa está recheado de um ódio francês barato.
- Trinta pesetas.
- Hahahahaha.... riu anatole...
- Você é um puto... fala em símbolos... (demorou mais do que o habitual pra xingar o puto em símbolos)
-Deveras... deveras... meu caro... chutou Vasilli, antes de tragar a garrafa de tequila até 1/4 do original.
- Deveras...
-Mas pense bem... quando eu finjo-me de inteligente... você cospe buracos vazios... nadas metafísicos... plágios argentinos... e coisas do tipo... não sei...
Noticiar o ambiente, fazia bem aos dois malandros. Os blocos passavam na avenida Rio Branco... A presidente vargas estava recheada de confetes, enquanto os dois jogados nas escadarias da igreja da candelária... ensaiavam uma marchinha de 1969. "Olha a cabeleira do zezé... será que ele é... será que ele é..."
-Não é 1969... seu estúpido! É 1979.
-Hahaha... Estás errado meu caro medievalista. O ano certo... digo correto... pelos proseadores...
-É algo em torno.. de...
Súbitamente, Anatole levantara e vomitou com força sobre o segundo degrau,
Vasilli entendeu a promessa. Tentou escapar, mas se viu naquele momento e respeitou Anatole por tudo que significava aquela escadaria, o bloco passando, os confetes, a solidão e tudo parte do" algo" não identificado, dos brinquedos metafísicos, das egrégoras, dos súbitos desmaios filosóficos que deixavam aquela situação mais ridícula.
-Ciências sociais ou história, Anatole?
- Os dois. Respondeu Anatole, ainda cuspindo parte da bílis enquanto o refrão por mais que motivado a contradizer os dois... inseria na cabeça de Vasilli uma derrota... do mestre Cartola.
- Deixe me ir... preciso andar... vou por aí... a procurar...
Sorrir, pra não chorar.
2 comentários:
Curti o texto e o óculos do tiozinho, que é igual ao meu.
espaço-tempo-personagens-fluidos-fragmentados, "pós-modernísticamente" falando/teclando.
vômitos-vasillis-outros-carnavais-cartolas-79-69, história-ou-ciências-sociais?
bacaníssimo!
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