No meu ímpeto misericordioso, tento transformar minhas angústias em angústias coletivas, apesar de saber que não há nada mais precioso e meu, do que as minhas e só minhas angústias.
Quando exponho minhas entranhas em público, seja num gole de cerveja, num sorriso mal-ajambrado ou num texto escrito em papel de guardanapo de final de semana, eu sei, sim, eu sei que exponho não só minhas vergonhas, mas as vergonhas de outrém.
Quando me lêem, sei que não só me lêem ou me exumam diante do mundo; sei, e tenho a certeza a cada letra cuidadosamente cunhada, que estão a se destrincharem diante da ribalta de silício, estão a se esquartejarem comigo, este autor, torto e pobre autor...
Quando me despedaço e me olho como os de fora verdadeiramente me olham, sei que dou a oportunidade para que façam por conseguinte o mesmo, pois a sombra e o defeito do outro, é sempre do outro, até que o fato seja verdade. Por que nem todo fato é verdade e nem toda verdade é fato até que encontre-a verdadeiramente assim, posta de lado.
A face que oculto de mim é sempre mais clara ao desterro do amigo, ao ódio sem condição, a paixão imigrante e recorrente; e ao afoito ouvinte ou faminto leitor.
Na verdade e devemos falar a verdade sempre que ela se apresentar mais estética, falo como um autor comum, comum como as mais comuns das criaturas: as do ponto de ônibus.
O texto, este pedaço de coisa parida, tem a envergadura de um zé comum e o conteúdo que é do tamanho do infinito ou da mediocridade de quem me lê.
Sou um caco de espelho mal-ajambrado, só reflito o quê e quem me olha.
Quando exponho minhas entranhas em público, seja num gole de cerveja, num sorriso mal-ajambrado ou num texto escrito em papel de guardanapo de final de semana, eu sei, sim, eu sei que exponho não só minhas vergonhas, mas as vergonhas de outrém.
Quando me lêem, sei que não só me lêem ou me exumam diante do mundo; sei, e tenho a certeza a cada letra cuidadosamente cunhada, que estão a se destrincharem diante da ribalta de silício, estão a se esquartejarem comigo, este autor, torto e pobre autor...
Quando me despedaço e me olho como os de fora verdadeiramente me olham, sei que dou a oportunidade para que façam por conseguinte o mesmo, pois a sombra e o defeito do outro, é sempre do outro, até que o fato seja verdade. Por que nem todo fato é verdade e nem toda verdade é fato até que encontre-a verdadeiramente assim, posta de lado.
A face que oculto de mim é sempre mais clara ao desterro do amigo, ao ódio sem condição, a paixão imigrante e recorrente; e ao afoito ouvinte ou faminto leitor.
Na verdade e devemos falar a verdade sempre que ela se apresentar mais estética, falo como um autor comum, comum como as mais comuns das criaturas: as do ponto de ônibus.
O texto, este pedaço de coisa parida, tem a envergadura de um zé comum e o conteúdo que é do tamanho do infinito ou da mediocridade de quem me lê.
Sou um caco de espelho mal-ajambrado, só reflito o quê e quem me olha.
3 comentários:
Esse buteco virtual é um espelho. Espelho como os de banheiro, que somos quase que obrigados a olhar todo santo dia. Peguei esse espelho e coloquei-o no meu banheiro à alguns anos, desde então fica dificil passar um dia sequer sem me olhar nesse espelho. E perceber coisas em mim que só refeltem aqui.
Parabéns por todos os seus textos.
Abraço!
eu tinha escrito um comentário mto pseudo-inteligente, mas como eu não sou nem pseudo-inteligente, sem querer apaguei...
então, pulo pra parte prática: vc pensou no nome da nossa angústia coletiva?
Cara, faz bem passar por aqui e ler coisas assim. Dá um certo ânimo inexplicável.
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