Procurei álcool na geladeira, mas não tinha. Pensei, mas que maneira covarde de tratar o cansaço doutor. Doutor é o caralho. Todo mundo tem dias ruins. E eu não serei o primeiro nem o último.
Faltam só 8(pensou no oito deitado, no infinito) sessões. Oito sessões e o senhor estará curado.
E até lá o que faço? Peço morfina para o ajudante de enfermeiro ou sorrio caridosamente para a loira de decote que fica na recepção?
O senhor pode pedir seus ansiolíticos para o Dr. Anísio.
(Anísio, um velho senil que trabalha no segundo andar)
Está bem. Terei que subornar o motorista da ambulância do turno da noite novamente para ele me conseguir algum sossega-leão.
Já tentou meditar? Já, não funciona no ocidente. Há muitos prédios, pouca paz. Não dá certo.
E a yoga. Abandonei, as orações antes das sessões me irritavam profundamente.
Afinal deus é um delírio. Ah sim. Disto tenho certeza. Certezas é o que todos nós queremos de vez em quando.
Ontem pintei uma linda mandala. É mesmo? Com que cores. Verde e laranja. Na verdade não é própriamente uma mandala. Só me lembra. É algo confuso, uma luta interna entre as cores.
Achei intenso. Intenso demais para mim. Quero que o ano acabe.
O sr. quer que eu ligue para o sr. Anísio agora?
Não. (por que diabos ele tem de falar nesse maldito velho senil toda vez que estou perto de me aprofundar nos meus próprios abismos)
Eu não quero falar com aquele velho senil(pronto, agora eu falei, quem mandou).
O sr. pode ter razão. Mas mesmo assim vou aumentar seu medicamento até o dia 30. Após este período as coisas podem se modificar.
Já fez seu plano astral? Já.
E o que achou. Detestável. Não acredito nessas coisas. Nem como forma de auto-conhecimento?
Não. Preciso dos meus cigarros novamente. Nicotina é uma desgraça eu sei. Estou tentando parar(todo fumante diz isso).
Nos vemos sexta a noite então? Sexta não.
Por que não?
Tenho um compromisso com uma mulher. Compromissos afetivos?
Não exatamente. É apenas um violão, um piano e uma música triste muito convidativa.
Ok. Vá se divertir. Até segunda então. Até.
Até mais.
Até e tenha um bom dia.
Faltam só 8(pensou no oito deitado, no infinito) sessões. Oito sessões e o senhor estará curado.
E até lá o que faço? Peço morfina para o ajudante de enfermeiro ou sorrio caridosamente para a loira de decote que fica na recepção?
O senhor pode pedir seus ansiolíticos para o Dr. Anísio.
(Anísio, um velho senil que trabalha no segundo andar)
Está bem. Terei que subornar o motorista da ambulância do turno da noite novamente para ele me conseguir algum sossega-leão.
Já tentou meditar? Já, não funciona no ocidente. Há muitos prédios, pouca paz. Não dá certo.
E a yoga. Abandonei, as orações antes das sessões me irritavam profundamente.
Afinal deus é um delírio. Ah sim. Disto tenho certeza. Certezas é o que todos nós queremos de vez em quando.
Ontem pintei uma linda mandala. É mesmo? Com que cores. Verde e laranja. Na verdade não é própriamente uma mandala. Só me lembra. É algo confuso, uma luta interna entre as cores.
Achei intenso. Intenso demais para mim. Quero que o ano acabe.
O sr. quer que eu ligue para o sr. Anísio agora?
Não. (por que diabos ele tem de falar nesse maldito velho senil toda vez que estou perto de me aprofundar nos meus próprios abismos)
Eu não quero falar com aquele velho senil(pronto, agora eu falei, quem mandou).
O sr. pode ter razão. Mas mesmo assim vou aumentar seu medicamento até o dia 30. Após este período as coisas podem se modificar.
Já fez seu plano astral? Já.
E o que achou. Detestável. Não acredito nessas coisas. Nem como forma de auto-conhecimento?
Não. Preciso dos meus cigarros novamente. Nicotina é uma desgraça eu sei. Estou tentando parar(todo fumante diz isso).
Nos vemos sexta a noite então? Sexta não.
Por que não?
Tenho um compromisso com uma mulher. Compromissos afetivos?
Não exatamente. É apenas um violão, um piano e uma música triste muito convidativa.
Ok. Vá se divertir. Até segunda então. Até.
Até mais.
Até e tenha um bom dia.
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