Hoje não sonhei com você. Mas acordei com você. Não estava do meu lado, mas preencheu todo o quarto com meu desejo. Desejo de te ter ao meu lado. Desejo de me preencher na tua presença.
Mas presenças não preenchem nada. Pois a ausência está dentro de mim. A ausência está sempre dentro, não fora. Disseram-me que eu necessito desmistificar-te. Concordo. Diga isso para meu coração. Troque coração por inconsciente e ganhe algum respeito de quem lê ou escuta o que eu digo, mas o fato é que a razão não consegue mais dar conta da tua plenitude.
Finjo que não procuro, mais procuro. Todo mundo procura. Até quem não sabe disso, procura. Mas até agora não achei nada. Uma cartomante disse que viria em janeiro. Esperarei por que não sou superticioso.
O que devo fazer além de esperar? Esperar é agir. E ação é um copo de cerveja, cheio. Aliás não sei se tenho forças para minha autonomia psíquica. Prefiro o confortável abrigo das metáforas mal redigidas. Cizânias do destino.
Não me deixaria esperar de braços cruzados janeiro chegar? Deixaria?
A cartomante desconfia da previsão.
Por que percebe que eu vou perceber os momentos grandiosos até janeiro. E se eu conseguir percebê-los estragarei com toda previsão que ela se esforçou em cunhar. Ai de mim, e ai de todos os espíritos acorrentados no altruísmo.
No peito dos desafinados ainda bate um coração, saiba bem disto!
Ruiva, o que é o fundo do poço? O que é o maldito fundo do poço ruiva?
O fundo do poço ruiva é uma oportunidade. De contemplar a luz por um momento mais longo que o suficiente. Leia-se suficiência, deste mundo ocidental-cristão. A luz do poço ruiva, é sentir seu cheiro, andar pelas calçadas, procurar não esbarrar nos paralelepípedos, nem os cinzas, nem os amarelos, e continuar seguindo, mesmo que para isso você se confronte com seus maiores medos(leia possibilidades). É possível viver sem isto ruiva? Viver sem medo? Viver sem medo. Viver nas sombras? Viver na sombra. Espreitando, seguindo, guiando. Perdendo. Algo que nunca teremos?
Catarses solitárias são normalmente construídas sob a indefinição.
Cheiro de cerveja. De maldade. Tem muita maldade no mundo.
Há um espaço para poesia. Um espaço pequeno, que não respeita nada além do limite do óbvio.
Há algo que escreve mais do que própriamente dá sentido para.
Há um espaço vazio Ruiva, há a repetição das mesmas coisas, há parte de mim espalhada por aí... Há um concentrado de ausência em mim, que luta por permanência. Luta para ficar. Mas eu sinceramente quero despejá-lo. As repetições mataram nosso amor, explicarei isto mais adiante, adiante... Isto me torna ainda mais contraditório do que sou.
Por que quando você sair, a poesia inevitávelmente fugirá junto.
Mas presenças não preenchem nada. Pois a ausência está dentro de mim. A ausência está sempre dentro, não fora. Disseram-me que eu necessito desmistificar-te. Concordo. Diga isso para meu coração. Troque coração por inconsciente e ganhe algum respeito de quem lê ou escuta o que eu digo, mas o fato é que a razão não consegue mais dar conta da tua plenitude.
Finjo que não procuro, mais procuro. Todo mundo procura. Até quem não sabe disso, procura. Mas até agora não achei nada. Uma cartomante disse que viria em janeiro. Esperarei por que não sou superticioso.
O que devo fazer além de esperar? Esperar é agir. E ação é um copo de cerveja, cheio. Aliás não sei se tenho forças para minha autonomia psíquica. Prefiro o confortável abrigo das metáforas mal redigidas. Cizânias do destino.
Não me deixaria esperar de braços cruzados janeiro chegar? Deixaria?
A cartomante desconfia da previsão.
Por que percebe que eu vou perceber os momentos grandiosos até janeiro. E se eu conseguir percebê-los estragarei com toda previsão que ela se esforçou em cunhar. Ai de mim, e ai de todos os espíritos acorrentados no altruísmo.
No peito dos desafinados ainda bate um coração, saiba bem disto!
Ruiva, o que é o fundo do poço? O que é o maldito fundo do poço ruiva?
O fundo do poço ruiva é uma oportunidade. De contemplar a luz por um momento mais longo que o suficiente. Leia-se suficiência, deste mundo ocidental-cristão. A luz do poço ruiva, é sentir seu cheiro, andar pelas calçadas, procurar não esbarrar nos paralelepípedos, nem os cinzas, nem os amarelos, e continuar seguindo, mesmo que para isso você se confronte com seus maiores medos(leia possibilidades). É possível viver sem isto ruiva? Viver sem medo? Viver sem medo. Viver nas sombras? Viver na sombra. Espreitando, seguindo, guiando. Perdendo. Algo que nunca teremos?
Catarses solitárias são normalmente construídas sob a indefinição.
Cheiro de cerveja. De maldade. Tem muita maldade no mundo.
Há um espaço para poesia. Um espaço pequeno, que não respeita nada além do limite do óbvio.
Há algo que escreve mais do que própriamente dá sentido para.
Há um espaço vazio Ruiva, há a repetição das mesmas coisas, há parte de mim espalhada por aí... Há um concentrado de ausência em mim, que luta por permanência. Luta para ficar. Mas eu sinceramente quero despejá-lo. As repetições mataram nosso amor, explicarei isto mais adiante, adiante... Isto me torna ainda mais contraditório do que sou.
Por que quando você sair, a poesia inevitávelmente fugirá junto.
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