Escreve
Escreve como eu
Mas não te compara a mim
Sacrilégio seria
Se tu, em tua infinita
E infinita percepção
De mundo e de ti mesmo
Se comparasse a outrém
Um qualquer medíocre
Que só enxerga como si
O mundo ao seu redor
Por isso
Caro leitor
Nunca
Ouça-me bem
Jamais
Te compara a mim
Ou outro outrém
Ao ser tu
Digno de si mesmo
Deixa-me encantado
E me ensina aprendendo
À ser tu
Nas tuas angústias
Só tuas
Onde cada tortuosidade
E cada autor
Sempre precisarão
De outro outrém
De outro
Não tão próximo
E que
Por se afastarem tanto...
Acabam se encontrando
No recôncavo macio
Da dor
E por isto
Se merecem
E se lêem...
Uns aos outros!
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
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2 comentários:
Como sua leitora me sinto impelida a responder - mesmo achando que poesias não são cartas, não precisam de respostas.
Então, nos merecemos, nos escrevemos e nos lemos.
Gostei.
Por isso a leitura do mundo precede a leitura da palavra
nos encontramos no mundo
com o mundo
e nos esbarramos nos ditos
com os feitos...
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