Onde ele foi?
Não sei merda. Eu não sei caralho!
Diz logo filha da puta!
Vai pra puta que te pariu seu bosta! Não vou dizer nunca!!! Nunca entendeu!
Uma cusparada rasgou o céu, a cara de Anatole encheu-se de ódio e saliva! Nojo! Raiva!
E Anatole! O velho Anatole! O doce e tranquilo Anatole! Jamais Brigara com Ninguém!
Que merda! Anatole imaginou-se no Tibet, na França de novo, no raio que o parta, na puta que pariu, na manifestação do passe livre. Anatole bateu. Socou, não sabe como, de que jeito, de que forma, qual o braço acertou primeiro, como derrubou o puto no chão, como socou a cara do pulha no paralelepípedo, como pensou nas coesões anafóricas enquanto esmurrava o maldito com os cotovelos, com a cabeça, com o joelho, com a raiva!!!
No primeiro momento ele tentou reagir, a camisa de Anatole rasgara-se, o cordão quebrou-se em pedaços, um soco na costela não o afetou, whatever, ele continou, continou, a raiva o dominou, não era mais Anatole lá, estava na lua, era algúem, algo superior ou inferior, que socava não com os punhos, mas com o passado.
Não batia para provocar a dor. Batia para tornar aquele pedaço de vida um algo inanimado, um pedaço de carne no chão. Lembrou de algumas parábolas. Parafraseou um jesus histórico indecente, enquanto tentavam lhe segurar. Não tinha mais vida ali. Eram só ossos, sangue, cartilagens e mentiras.
A poça de sangue tomara o lugar. O pedaço de granito manchado de vida rolou, as garrafas de cerveja caíram e quebraram com um tempero de sangue.
Me soltem! Me soltem!
O bar parou. O pequeno mundo de Anatole parou. O lugar esvaziou-se de atenção. Pela primeira vez, Anatole tinha toda a atenção. Ele pegou sua mochila. Olhou a todos. Seu lábio sangrava. Sua camisa estava rasgada e seus joelhos sujos. O corpo do maldito jazia no chão, olhos abertos, roxo, muito roxo, sangue espalhado nas pedras portugesas.
Anatole engoliu a cerveja com raiva. Bateu o copo na mesa. E partiu.
Precisava encontrar Vasilli.
Não sei merda. Eu não sei caralho!
Diz logo filha da puta!
Vai pra puta que te pariu seu bosta! Não vou dizer nunca!!! Nunca entendeu!
Uma cusparada rasgou o céu, a cara de Anatole encheu-se de ódio e saliva! Nojo! Raiva!
E Anatole! O velho Anatole! O doce e tranquilo Anatole! Jamais Brigara com Ninguém!
Que merda! Anatole imaginou-se no Tibet, na França de novo, no raio que o parta, na puta que pariu, na manifestação do passe livre. Anatole bateu. Socou, não sabe como, de que jeito, de que forma, qual o braço acertou primeiro, como derrubou o puto no chão, como socou a cara do pulha no paralelepípedo, como pensou nas coesões anafóricas enquanto esmurrava o maldito com os cotovelos, com a cabeça, com o joelho, com a raiva!!!
No primeiro momento ele tentou reagir, a camisa de Anatole rasgara-se, o cordão quebrou-se em pedaços, um soco na costela não o afetou, whatever, ele continou, continou, a raiva o dominou, não era mais Anatole lá, estava na lua, era algúem, algo superior ou inferior, que socava não com os punhos, mas com o passado.
Não batia para provocar a dor. Batia para tornar aquele pedaço de vida um algo inanimado, um pedaço de carne no chão. Lembrou de algumas parábolas. Parafraseou um jesus histórico indecente, enquanto tentavam lhe segurar. Não tinha mais vida ali. Eram só ossos, sangue, cartilagens e mentiras.
A poça de sangue tomara o lugar. O pedaço de granito manchado de vida rolou, as garrafas de cerveja caíram e quebraram com um tempero de sangue.
Me soltem! Me soltem!
O bar parou. O pequeno mundo de Anatole parou. O lugar esvaziou-se de atenção. Pela primeira vez, Anatole tinha toda a atenção. Ele pegou sua mochila. Olhou a todos. Seu lábio sangrava. Sua camisa estava rasgada e seus joelhos sujos. O corpo do maldito jazia no chão, olhos abertos, roxo, muito roxo, sangue espalhado nas pedras portugesas.
Anatole engoliu a cerveja com raiva. Bateu o copo na mesa. E partiu.
Precisava encontrar Vasilli.