terça-feira, 11 de setembro de 2007

Contos do Inconsciente

Estes dois sonhos me impressionaram. Perderei semanas tentando interpretá-los. Mas sinto que se conseguir fazê-lo as coisas daqui para frente ficarão bem claras. O mais impressionante, é que na segunda de manhã, assisti um filme na aula de socilogia que fala sobre uma menina vivendo na ditadura do Talibã, que se disfarça de menino durante algum tempo. De certa forma há sincronia com o segundo sonho e eu fiquei impressionado ao ver o filme. Dei nome aos dois, pois parecem contos.

A mina marrom (Semana passada, algo entre 03 do 09 e 08 do 09)

Estou numa caverna. Na verdade é uma mina, bem profunda, com paredes marrons. Converso com alguns companheiros. Há uma espécie de gerador que dá iluminação pra mina. Um companheiro reflete que outro companheiro irá chegar, como se desse a entender que se o gerador continuar a dar problemas seria algo que mostraria nossa incompetência em fazer o gerador funcionar e seria então, melhor desligá-lo ou deixá-lo funcionar como está. Há algumas partes com água. Em determinada parte da mina, eu não tenho(ou na verdade não sinto) coragem de passar. É uma parte mais estreita, pelo menos o teto é mais baixo. Há um objeto metálico fincado em uma das paredes no final deste corredor. Objeto que eu não consigo identificar bem o que é, mas reluz um pouco de longe.

Alguém me manda seguir. Mas sozinho eu não vou, penso eu. Até que de maneira impressionante, surge um outro "eu", físicamente idêntico a mim. Com ele eu vou. Sinto coragem. Descemos ao final da mina. Ambos. Eu vou com um pouco de medo. E olho para o objeto reluzente. É uma espécie de metal retorcido, não muito maior do que minha mão. Algum símbolo, alguma coisa estranha, aparentemente sem utilidades. Eu olho para o lado da mina, não há mais passagem. Eu penso na possibilidade dela desabar. Eu passo a mão em suas paredes. Há protuberâncias disformes, pedaços de cascalho. Como se faz uma mina eu pergunto. Uma empresa vem, gasta bilhões e a mina está pronta. Eu apareço no quintal da casa da minha vó, perto da minha casa. Eu acordo.

A mulher, o velho, o paranormal e a criança(do dia 10 para o dia 11 de setembro)

Estou eu e meu primo, andando perto de uma universidade. Parece a UERJ, mas não é, entre a rua e a UERJ há cercas de arame, na verdade alambrados, como esses de eventos públicos. Entramos pela parte da UERJ, por uma espécie de passarela. Há toda uma preparação dentro destes alambrados para uma espécie de show. Parece que vai ser funk. Há uma fila imensa de pessoas na parte de fora, aglomeradas para entrar. É muita gente. E eu converso com ele sobre isto. As pessoas começam a entrar. Há geradores, fios, caixas de som no evento. Eu e ele resolvemos sair antes que o evento fique muito cheio. E eu penso sobre a facilidade de se entrar por esta parte de trás, sem precisar pagar nada. Como eu não gosto do estilo musical eu volto em direção a faculdade.

Eu chego num prédio. Um prédio grande, com janelas e vidros transparentes bem visíveis. Estou em alguma cidade que não conheço, ou nunca fui. Eu subo o prédio e chego numa sala. É uma sala curta, há uma espécie de quadro branco, pessoas aglomeradas das quais sinto que conheço, ou pelo menos permaneço sem maiores embaraços. Há uma mulher que é a oradora, ou expositora de algum tema, ela parece bem disciplinadora, e eu não gosto dela por algum motivo. Ela senta numa cadeira. Com um movimento de olhos, eu giro a cadeira por telecinese, forçando lentamente a cadeira a desiquilibrar-se rumo a um recorte na parede e ela bate a cabeça nesta quina. Ela comenta algo sobre o acontecido, sobre a possibilidade de ter sido algum et. Sim, os ets estão vindo aqui frequentemente, ela diz.

Eu ainda quero irritá-la eu acho, sem que ela perceba. Eu faço(tudo mediante a telecinese) com que um dos tapumes de compensado que forram o teto cai no meio da sala. Ela percebe que fui eu. Um dos alunos começa a discutir comigo, insinuando que tinha sido eu. E começa a descrever algo sobre mim. Eu falo algo para ele relativo a ter um cinto de caveira, olho nos seus olhos de forma ameaçadora, meus olhos brilham com riscos cor de fogo em toda a pupila de maneira a intimidá-lo, como forma de demonstrar meus poderes. Há uma mulher mascarada dentro da sala. A tal professora, ou o que quer que seja, pergunta por que ela não pode tirar a máscara. você é wikka? É religião ou algo assim? A mascarada, que está com uma espécie de véu cobrindo o rosto e que exibe apenas seus olhos apenas confirma algo com a cabeça. Eu a conheço. E sinto algum medo sobre a possibilidade dela ser desmascarada. Ela é idêntica a mim. Tem o meu rosto. Mas é feminina. É o meu rosto, mas numa mulher.

Eu olho para uma das janelas, há uma gigantesca nave negra com grandes propulsores passando pela lateral do prédio.

Eu aviso a todos, que os alienígenas chegaram, que há etês lá fora. As pessoas se alvoroçam. Eu resolvo sair dali. E levo comigo duas pessoas, que eu não me recordo se estavam na sala. Um velho, um ancião. E uma criança.

A mascarada eu deixo lá. Não a salvei ou pensei em salvar por algum motivo. Eu procuro saídas. E resolvo sair por uma das saídas laterais, acho que a direita. Não sei como descer do prédio. Afinal este por algum motivo, não tinha escadas ou elevador. As janelas estão abertas, são grandes e não tem vidraças. Eu salto com o velho e com a criança, uso meus poderes e crio uma rajada de vento para amortecer a queda.
Conseguimos descer. Eu tento correr. A nave negra com seus imensos propulsores se move e está sobre mim, há um vento muito intenso que me nubla a visão e que atrapalha todo o meu movimento. Eu consigo correr. Há um gramado e um rio que o corta. As pessoas estão correndo de um lado ao outro, a nave ficou para trás. O velho e a criança estão comigo, bem próximos. Um carro desgovernado vem em direção a mim, eu protejo o velho e a criança e com meu poder telecinético vou detendo o avanço do carro com dificuldade, parece que ele vai me atropelar, mas minhas rajadas de vento o fazem capotar para trás. Eu decido deixá-lo capotado para não causar mais confusões, por que me pareceu meio intencional ele ter me atropelado.

Eu prossigo e procuro um carro para andar mais rápido. Descarto um ou outro, e acho um carro laranja, de formas arredondadas Eu entro nele e dirijo, peço para o velho e a criança entrarem. O velho é magro, tem barbas brancas e cabelo desgrenhado eu acho. Eles pulam no carro. Eu dirijo Olho para a direita, há vários prédios, não sei para onde ir. Resolvo ir para a esquerda, mas há um lago por lá, eu perco a direção e o carro está indo para o lago, alguém, ou o velho ou a criança, gritam, que para aí não, vamos cair. Eu crio uma ponte invisível que sustenta o carro antes que ele afunde no lago. Nós conseguimos descer. Eu tenho a sensação que esta parte da cidade é seu extremo. Não há como ir para lugar nenhum. O espaço acabou ali. Eu sigo o gramado, mas uma série de homens tribais, de cor amarelada, começam a surgir por toda parte. Não sei se são os etês. Eles vem em minha direção e parecem ser agressivos. Eu grito ao velho e a criança: Fiquem atrás de mim!

Eles tem lanças e facas. Eu crio a partir da terra e da lama um golem que soca o primeiro tribal. Eu o arremesso longe. O segundo golpe joga o tribal para bem longe. Eu penso que naquele trecho onde estou(onde o carro laranja quase afundou) há algum tipo de passagem subterrânea para onde conseguiríamos fugir. Eu soco mais alguns tribais. Um deles entra em luta corporal comigo e quando tenta me esfaquear já não estou mais ali.

Estou num corredor de um prédio de apartamentos de alguém que parece ser um amigo. Ele usa óculos. E eu na verdade estava demonstrando como o tribal tentou me esfaquear, contando tudo a ele.

Eu acordo.


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