quinta-feira, 21 de dezembro de 2006

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Hoje eu olhei para o espelho e só vi cansaço. Talvez seja por que o negativo do retrato apareça mais do que o resto das coisas boas, da poesia e do cheiro de flores. Não que eu pense nisso a maior parte do tempo, mas na verdade eu posso sentir a pressão explodir metade dos meus ombros enquanto eu cito os mesmos aforismas emoldurados pelo cíclico conjunto de forças do ser humano.

Dormir em colchões de plástico não resolverão metades dos meus problemas enfeitados com metáforas redigidas sob sete copos de cerveja gelados.

Talvez eu possa mentir em tom de eufemismos filosóficos, porém isto me cansa, e o que me cansa me traz coisas tristes, contudo cotidianas. Laura está morta, e a paixão e a dúvida convivem nesse meu túmulo de esperança enquanto eu sinto o cheiro das rosas dominarem a trilha da mudança.

2 comentários:

JH disse...

inspiradas palavras, amigo.

Anônimo disse...

olá.
se correr de mais te cansa, então talvez devesse apenas... parar.